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A afetada impaciência

Advinha-se quem é oposição ao governo atual, ouvindo-se a pergunta igual ou semelhante — “você está gostando do governo? O governo ainda não fez nada, não é?  Você viu aquela notícia vergonhosa sobre a mulher do Presidente?”. E quanto às viagens, “você viu quanto ele gasta com hotéis?”.

Essa impaciência forçada tem ainda variantes curiosas, e uma delas, é a do Presidente da Câmara Federal, que diz sobre a preocupação dos deputados, já que o Presidente Lula ainda não declarou se será candidato a reeleição em 2026.  E com sua atuação ligada ao grupo de fisiológicos, ele não se cansava de ameaçar o Poder Executivo, quanto às dificuldades do governo, ali no Parlamento. Estas ameaças se reduziram, desde que a Polícia Federal exibiu parte do que investigava há meses sobre a corrupção deslavada em Alagoas, vinculando pessoas próximas a ele.

Nesse cipoal de pressão está o Presidente do Banco Central, confrontando o governo, os empresários da indústria e do comercio, da construção civil, com a manutenção dos juros altíssimos. Ele, Presidente do Banco Central, é imperial diante da desconfiança que ele inspira, como sabotador. Mas não é só, pois, as finanças da União e dos Estados ficaram desorganizadas. Era o preço da gasolina e do gás, até dezembro porque eram preços eleitorais, e os tais programas daquele período esvaziaram os cofres da Caixa Econômica Federal, em 8 bilhões de Reais. Reconheçamos com honestidade: a mediocridade no Brasil foi o tsunami que arrasou o Estado brasileiro, já que não ficou dinheiro para a saúde, para a segurança pública, para a educação, muito menos para a ciência e a inovação.

Mas, mesmo assim, o governo de frente ampla nem por isso deixou de apresentar um saldo positivo que desmoraliza impaciência de tais e quais opositores, que, se frustrados com algum argumento, colocam a pergunta desviante — o que você acha do governador de São Paulo?


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Esse quadro não nos retira a lembrança de ver o Brasil, como pária internacional, com o eco dos xingamentos presidenciais, afastando-o da convivência regular e normal com tantos países.

Estava certa a manchete do jornal parisiense, após o resultado das eleições brasileiras – “Alívio Mundial”. O ex-presidente apresentou, já no início de seu governo, a mediocridade como talento novo, quando pretendeu nomear seu filho para embaixador nos Estados Unidos, e com o curriculum de seu mérito: fez pastel em quermesse norte-americana. Ou como a reunião de governantes nos Estados Unidos, quando teve ensejo de exibir-se comendo pastel numa sarjeta norte-americana. Recorda-se ter ele, no início de seu mandato, batido continência à bandeira daquele país, num gesto de submissão, porque lá não estava ao lado a bandeira brasileira. Não nos lembremos do xingatório diário, nacional e internacional.

A impaciência só pode ser afetada, porque aconteceu de positivo tudo o que a autoria dela gostaria que não acontecesse.

O Brasil retornou ao convívio internacional, com o Presidente Lula esbanjando liderança.  O comunismo temido não apareceu em lugar algum, para decepção da mente doentia de quem está intoxicado de fanatismo político-religioso. O ambiente do debate político está caminhando, para brevemente voltar ao respeito e à tolerância da divergência. A gasolina e o gás de cozinha tiveram seus preços reduzidos, as finanças tendem à normalização, a inflação abaixou, o dólar abaixou, o índice Bovespa subiu, o emprego com carteira assinada aumentou, a nota de investimento no Brasil dada por organismos internacionais foi altamente favorável, os Ministros são chamados á Câmara, repetidas vezes, e acabam servindo à oposição, dando a ela aulas de direito constitucional, falando de respeito no debate público e de tolerância democrática, que é o que procura realizar o governo federal.

E o Brasil com o Presidente Lula é chamado e ouvido pelas lideranças internacionais, falando a linguagem da solidariedade mundial.

Lá na Itália, visitando o Papa e as autoridades políticas, inclusive a Primeira- Ministra de direita, e na França no conclave de líderes e governantes do mundo, falou como estadista, defendendo o acordo Europa e Mercosul, mas sem as sanções pretendidas pela Europa, porque entre parceiros descabe punição de um em relação a outro. As mudanças climáticas constituem pauta obrigatória desses encontros e ele já convida toda liderança presente para comparecem ao encontro Internacional que o Brasil organizará, em 2025, em Belém, pois, o Pará e um dos estados a Amazonia legal, e contando com a presença de todos os governantes de países vizinhos que integram a floresta Amazônica. 

Impossível uma reunião com os líderes de todo o mundo –diz ele—sem que se fale da desigualdade social, econômica, racial, educacional, cultural, porque senão os ricos continuaram a serem mais ricos e os pobres mais pobres. 

Honestamente, não há motivo de existir impaciência política, porque ficou claro, desde o início, que o Brasil está em fase de reconstrução. O mundo já sabe disso… 

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