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O Equador e o Brasil

O Equador, como o Chile, não tem fronteira com o Brasil. Pouco importa o limite geográfico, nos dias de hoje. Afinal, a ciência e a tecnologia da informação tornaram um mundo uma aldeia.

Por isso, ficou claro:  não são só as guerras que impactam todo o globo, os atos e fatos políticos sempre tem incidência, ora no comercio, ora na cultura, ora na política-ideológica, ora simultaneamente em todas as facetas que compõem um país, um Estado.

O atual presidente da Argentina tornou-se, por via eleitoral, outro enclave da ultradireita política, que se identifica, hoje,  com os sionismo do Estado de Israel,  fonte da desgraça palestina e  exemplo para o governante argentino, tal como fora para Bolsonaro, que até se batizou nas águas sagradas do Rio Jordão, crendo acontecer o milagre do esquecimento de sua proximidade com a milicia do Rio de Janeiro, através do maior pistoleiro então conhecido, homenageado por ele e por seu filho nos respectivos Parlamentos que ocupavam. O bandido de elite, ex-membro da Polícia Militar daquele Estado, e que foi morto na Bahia, no estilo da queima de arquivo, e cujo corpo teria chegado oco para que qualquer nova perícia não identificasse a entrada e o trajeto das balas bandidas.

Essa ideologia esparramada não só pela América do Sul, e que ainda ameaça à democracia brasileira, alcançou no pequeno Equador o auge da pregação igual ao esplendor do nosso lavajatismo, já que o Parlamento daquele país se curvou à infâmia do servilismo ao autorizar o ingresso e permanência de forças militares estrangeiras no seu território. Aqui, conseguiram destituir uma Presidente com acusações falsas, abrindo brecha para um período de enfraquecimento do Estado e de redução de conquistas sociais, sob a égide da mediocridade apresentada como talento novo.


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Lá, para chegar a esse ponto, foi preciso seu Poder Judiciário condenar um ex-Presidente da República à prisão, sob o incrível argumento de que teria ele “influenciado psicologicamente os  corruptos”.

Aqui no Brasil, a toxicidade era da mesma natureza que se expandiu para outros países, como prova da existência planejada por uma única fonte de sua criação. A condenação do Presidente, afastado de disputar eleição presidência, teve sentença da mesma natureza, mal redigida, sem prova, mas a tempo e a hora declarada nula.

No Equador desacreditou-se a legitimidade dos Poderes constituídos, para revelar a incapacidade do Estado de combater as milicias e as gangues que ameaçaram as estruturas do pequeno Estado. Nós tivemos ao estilo da preparação de quatro anos, o nosso 8 de janeiro, felizmente como a maioria de nossas Forças Armadas somaram-se com a maioria da sociedade brasileira e da emergente firmeza de instituições, como o nosso Supremo Tribunal Federal. Mas, não nos iludamos porque nossa presença geopolítica inicia-se dentro do mapa imperial norte-americano, que de quando em vez faz exercícios combinados, entre militares dos dois países, como o último realizado na desejada Amazonia, no fundo para lembrar discretamente a relação do império com o país aspira, ansiosamente, a não ser colônia.

Diz-se que a democracia brasileira está ameaçada, inclusive porque a democratização da informação de nossa imprensa, não diz claramente que o governo brasileiro é um governo de frente ampla, em que ministros de um chamado “centrão” foram impostos por quem tem o controle da maioria de parlamentares, que exerce a chantagem política, e ainda como o poder de bilhões das corruptas emendas parlamentares.

No Equador, o neoliberalismo conseguiu com que seu discurso fosse vitorioso, porque tudo foi abalado ou destruído em nome do Estado Mínimo, que é Estado nenhum, ou ainda, é um frangalho de Estado como colônia. Aqui no Brasil, a etapa vencedora desse espírito maléfico necessita da condenação judicial de todos os que compuseram a desgraçada República de Curitiba, e com o Juiz explicando ao Conselho Nacional de Justiça, como quer sua Corregedoria, inclusive quanto o destino dado aos bilhões de Reais que estavam sob a custódia da 13° Vara, na qual reinou o juiz, parcial, suspeito, portanto corrupto, Sérgio Moro. A notícia sobre a investigação das ilicitudes registradas na auditoria preliminar está assim divulgada, no google:

“O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu uma reclamação disciplinar contra o senador e ex-juiz federal Sergio Moro (União Brasil-PR) e outras autoridades vinculadas à força-tarefa da operação Lava Jato. O processo foi aberto por ordem do corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão.

“Além de Moro, serão investigados a juíza federal Gabriela Hardt e os desembargadores federais Loraci Flores de Lima, João Pedro Gebran Neto e Marcelo Malucelli. De acordo com o que divulgou o CNJ, o motivo da reclamação são as conclusões do relatório de correição feito na 13ª Vara Federal de Curitiba e nos gabinetes dos magistrados da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região”. 

Sergio Moro, hoje senador, driblou o oficial de justiça, fugindo da citação, durante dois meses.

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