Empregos

Indústria e Comércio voltam a demitir na região de Ribeirão Preto

A esperada melhora gradual no nível de emprego para este ano acabou frustrada com cortes sendo observados já a partir do mês de maio, vindos da indústria e do comércio. É o que aponta o Boletim Mercado de Trabalho do Ceper/Fundace. Na região de Ribeirão Preto, a indústria liderou o volume de demissões (1.057 vagas líquidas), sendo o segmento de Fabricação de Álcool responsável pela destruição de 411 vagas. A Construção Civil eliminou 207 postos de trabalho e o comércio cortou 125 empregos.

Sertãozinho encerrou o referido mês com o fechamento de 658 postos de trabalho, reversão negativa frente aos 282 criados em abril e valor próximo às 579 vagas destruídas em maio de 2017. A indústria apresentou o maior volume de demissões (427 vagas), seguida por serviços, com o fechamento de 155 postos de trabalho. No acumulado de junho de 2017 a maio de 2018, a cidade perdeu 1.361 vagas líquidas.

Já Franca fechou 94 vagas em maio, redução significativa frente aos 508 postos criados em abril e em comparação às 720 vagas abertas em maio de 2017. Novamente, a indústria foi a que mais demitiu (372 vagas a menos). No acumulado de junho de 2017 a maio de 2018, houve a destruição de 568 empregos, valor muito próximo às 532 demissões ocorridas no período de junho 2016 a maio 2017.

Ribeirão Preto abriu 233 postos de trabalho em maio de 2018, montante inferior aos 589 postos de trabalho criados em abril, porém superior às 36 vagas abertas em maio de 2017. No município, a indústria também recuou, com o maior número de demissões para o período (173 vagas cortadas).

“Embora tenhamos presenciado indícios de uma retomada no início do ano, tudo sugere que a recuperação do mercado de trabalho ainda será lenta e marcada por muitas incertezas. Além da abertura ou não de novas vagas, a questão que se impõe cada vez mais é sobre a qualidade dos empregos que teremos a curto e médio prazo”, avalia o pesquisador do Ceper Sérgio Sakurai, coordenador do Boletim Mercado de Trabalho.

O estudo é elaborado por uma equipe que inclui as pesquisadoras Giulia Coelho e Ingrid Nossack e os dados completos estão disponíveis no site da Fundace: https://www.fundace.org.br/_up_ceper_boletim/ceper_201807_00382.pdf

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