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“A gente saiu do nível de invisibilidade”, diz Anderson Nassif da Cooperlol

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No 2º Fórum Economia Limpa realizado pela Folha de São Paulo debatedores divergem sobre a criação de uma taxa de coleta de lixo.

Folha realizou nos dias 3 e 4 de outubro, o 2º Fórum Economia Limpa. O presidente da Cooperlol (Cooperativa de Catadores de Lixo de Orlândia) e membro da Coordenação Estadual do MNCR (Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis),  Anderson Nassif fez parte da mesa que discutiu as possibilidades para a criação de uma tributação verde no Brasil e a importância de se investir em reciclagem.
 
 
 
Catador por 15 anos, hoje membro da diretoria de uma rede de cooperativas, Nassif destacou que, com o fechamento total dos lixos previstos na nova politica para o setor, muitos catadores têm perdido empregos. Segundo ele, faltam políticas específicas para dar conta da mudança.
 
 
A mesa discutiu os sete anos da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
 
Outro ponto nevrálgico apontado é a baixa adesão de grandes empresas aos acordos setoriais previstos pela PNRS. Bicca, do Cempre, disse que falta ao governo tomar uma posição mais firme, com a desoneração da cadeia da reciclagem, o que poderia dar origem a novas demandas e ampliar o setor reciclador.

BALANÇO

Para o executivo, a PNRS é um marco legal que deu certo: não apenas trouxe o tema à tona, como é uma política bem adaptada ás condições do Brasil. Ainda assim, há muito a fazer, por exemplo, em relação á falta de integração entre os diferentes atores, do consumidor ao catador, das empresas ao governo.
 
Se tal fluxo funciona bem na cadeia do alumínio (cerca de 98% das latinhas são recicladas no país), no setor de cartonados o sucesso é bem menor, e no caso dos materiais orgânicos, quase inexistente.
 
 
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