Sanor participa de reunião do Comitê da Bacia Hidrográfica do Baixo Pardo/Grande sobre crise hídrica
A falta de água é um problema global que, principalmente, nesta época do ano, tem se agravado na região por causa da estiagem e das altas temperaturas. A crescente preocupação com a crise hídrica que afeta o interior de São Paulo motivou o comitê das Bacias Hidrográficas do Baixo Pardo/Grande (BPG) a reunir representantes dos serviços de água do órgão colegiado, autoridades e especialistas, entre eles, o gerente geral da Sanor, Roberto de Carvalho Correa, para discutir as estratégias e medidas preventivas a serem implementadas nesse período de alta demanda de água e escassez do recurso.
Durante a reunião técnica foram apresentados números que indicam uma diminuição drástica no índice pluviométrico dos últimos três anos. “Este ano está muito pior do que em 2023. Somado a isso, as ondas de calor aumentaram muito, resultando em um cenário ainda mais crítico, originando a movimentação dos colegiados em busca de soluções a curto, médio e longo prazo”, comenta o executivo.
Todos os prestadores de serviços de água expuseram sua realidade atual e o que pretendem fazer futuramente. Ao contrário do que ocorre em várias cidades como Barretos, que decretou situação de emergência, Orlândia ainda não está enfrentando problemas no abastecimento em virtude de uma série de medidas preventivas adotadas pela Sanor, como ações do Programa de Controle de Perdas de Água, instalação de macromedidores na Estação de Tratamento de Água (ETA), na captação de água bruta, nos poços e em todos os reservatórios da cidade. Todos eles estão vinculados ao Centro de Controle Operacional (CCO) por telemetria, tecnologia que permite a medição e comunicação dessas informações.
Com isso, a concessionária passou a ter informações do sistema em tempo real, 24h por dia, proporcionando mais agilidade na resolução de problemas. Outras ações, como a troca dos hidrômetros para reduzir a perda aparente de água, a modelagem hidráulica e setorização, foram essenciais para chegarmos no atual cenário em Orlândia, com uma distribuição mais igualitária das pressões no sistema que abastece a cidade.
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Mas isso não basta e é preciso a colaboração dos moradores, segundo Correa. “Aqui ainda não estamos com problemas de desabastecimento, falta de pressão ou rodízio, como várias cidades participantes da reunião estão enfrentando, graças aos investimentos que fizemos, mas a estiagem vai continuar por pelo menos uns quatro meses e se não houver um consumo consciente da água, a gente começa a chegar no limite da produção” afirma o gerente geral da Sanor.
Segundo dados do Climatempo, na primeira quinzena de agosto de 2024, choveu apenas três milímetros na cidade, o que representa 18% da média normal para o mês, que seria de 17 milímetros.
De acordo com Correia, é preciso somar esforços para que todos consigam passar por esse momento crítico, implementando planos de médio e longo prazo, pois será preciso investir e trabalhar em ações conjuntas entre os colegiados da Bacia para preservar as nascentes e fiscalizar o consumo de água para agricultura, por exemplo. Ele ainda ressalta que a cada ano que passa, as reservas naturais de água, tanto subterrânea quanto superficial estão diminuindo e os níveis têm baixado em uma velocidade cada vez maior.
Os depoimentos e informações apresentados na reunião do comitê serão levados para a Comissão Técnica de Planejamento do órgão para ser referendado na plenária que acontecerá no fim deste mês.
O Comitê das Bacias Hidrográficas do Baixo Pardo/Grande (CBH-BPG), instalado em 1996, é um órgão colegiado de caráter consultivo e deliberativo em nível regional, vinculado ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CRH), diferentemente dos outros 20 Comitês Estaduais, que têm composição tripartite entre estado, município e sociedade civil.
Além de Orlândia, é composta por mais 11 municípios: Altair, Barretos, Bebedouro, Colina, Colômbia, Guaraci, Icém, Jaborandi, Morro Agudo, Terra Roxa e Viradouro, sendo que, além desses, Guaira e Pitangueiras, participam como representantes no CBH-BPG.
Dicas de uso consciente da água
- Evite banhos longos. Desligue o chuveiro ao ensaboar o corpo e ao passar shampoo e condicionador nos cabelos.
- Feche a torneira enquanto escova os dentes ou ensaboa as mãos.
- Ao lavar a louça, ensaboe os utensílios primeiro e depois lave-os de uma só vez, evitando deixar a torneira aberta durante todo o processo.
- Reutilize a água do último enxague da máquina de lavar roupas para lavar quintais, garagens e calçadas. A água com água sanitária usada para higienizar frutas, legumes e verduras também pode ser reutilizada na limpeza da casa.
- Feche bem as torneiras, uma torneira pingando desperdiça cerca de 46 litros de água por dia.
- Verifique se não há vazamentos na válvula hidra ou sanitários dos banheiros. Providencie o reparo o quanto antes se encontrar algum problema.
- Não utilizar a mangueira com água para “varrer” calçadas e quintais.
Sobre a Sanor
A Sanor é uma empresa de Orlândia (SP), com expertise no setor de saneamento básico que, após vencer o leilão, em 2022, tornou-se responsável pelos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário no município. O ciclo integral da água, desde a captação, tratamento e distribuição, gestão comercial até a coleta, tratamento e disposição final dos esgotos está sob a responsabilidade da companhia, que atende 38.319 moradores.
A sustentabilidade é um tema transversal em todas as áreas da empresa, por isso, trabalha ativamente para equilibrar os aspectos sociais, ambientais e econômicos do negócio.