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A Semente Universitária

                                   

Em toda parte do universo humano a cultura tomou corpo e alma em busca de marcar as regras do passado como também fixar desde já todos os caminhos do futuro. Seria muito difícil invadir hoje o passado ou mesmo edificar o futuro com as armas que temos nas mãos no presente. Mas não é proibido, com os instrumentos que temas no presente olhar para as fotografias que temos do passado para em seguida produzir as telas do futuro.

Para surpresa do leitor, ao olhar para o passado percebe a repetição de um fato significativo expressado com linguagens diversas.

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Assim em algum lugar da Europa possivelmente alunos escolares perguntaram a seu mestre se era ele mais culto do que Aristóteles e Platão. O mestre respondeu prontamente que sua visão alcançava espaços muito mais distantes do que aqueles percebidos pelos gregos. Imediatamente os alunos lançaram contra o mestre indagações sobre os objetos de suas verdades. Os fatos tiveram como palco a França e o mestre investigado era um sacerdote.

O mestre esclareceu que era real a sua visão porque por toda a sua existência nada mais fez do que subir “nos ombros dos gigantes”, no caso de Aristóteles e Platão, conseguindo ver caminhos e descaminhos e áreas além daqueles percebidos dos pelos sábios gregas. O acontecimento até hoje é conhecido como “Nos Ombros dos Gigantes”.


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Os ingleses, em grau de desmentimento, sustentaram que “Nos Ombros dos Gigantes” ocorreram em sua pátria e não na França.

A surpresa caminha. Em Praga há um monumento metálico de um homem, possivelmente Franz Kafka, trepado nas costas de outro desprovido de face. Todos dois estão de ternos e chapéu (de metal). Os coordenadores identificam Kafka e não identificam o cavalgado. Quem seria ele? O passado? Ou o futuro?  Boa questão para uma difícil resposta. Os pequenos livros de Kafka acabam retratando o seu mundo enorme, espacialmente em “A Metamorfose” que reproduz a história do homem que se transformara numa barata. Caminhando pelo jardim dos judeus, em Praga, disseram-me que aquela estátua retrata exatamente a revelação do nascimento do tema “Nos Ombros dos Gigantes”. Pudera!

No quadro da instabilidade da cultura humana, a pesquisa busca analisar as escolas modernas, especialmente as do Estado de São Paulo. Os jornais acabaram de eleger a Universidade de São Paulo, a Universidade de Campinas e a UNESP como as marcas registradas dos nossos tempos. O jornal “O Estado de São Paulo” de 13 de março de 1925, página 1825, noticiou que – “No ranking de melhores universidades em termos gerais, a principal categoria da seleção, o MIT ficou em primeiro lugar. Na sequência vêm Imperial College (Reino Unido). Universidade de Oxford (Reino Unido), Harvard (EUA) e Cambridge (Reino Unido). Saiba mais: Curso de Odontologia (Unicamp); Universidade Estadual Paulista (UNESP)”.

Vale a pena estudar o MIT. Neste ano, três de seus professores receberam o Prêmio Nobel por suas pesquisas na área da inteligência artificial. Nenhum professor brasileiro recebeu esta homenagem até data.

 

Sérgio Roxo da Fonseca
Procurador de Justiça e professor (aposentado) e membro da Academia Ribeirãopretana de Letras

Tais Costa Roxo da Fonseca
Advogada

 

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