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Grave erro a corrigir

Sérgio Roxo da Fonseca
Procurador de Justiça e professor universitário (aposentado)

No nosso jornal de 4 de junho passado, cometi um erro de minha única responsabilidade que merece ser reparado em homenagem aos leitores como também ‘a respeitabilidade da edição. O que faço agora.

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O texto referia-se aos meus contemporâneos matriculados como alunos do Instituto de Educação Otoniel Mota de Ribeirão Mota. então conhecido como “Ginásio do Estado” durante e década iniciada em 1950.


Temos muito respeito por eles, alguns dos quais já completaram a sua passagem por este mundo. Destacaram-se aqui e na história da cultura brasileira, como Walderez de Mathias Martins, Feres Sabino, Sérgio Arouca, Laudo Costa e Rubens Ely de Oliveira.


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Ao referir-me sobre Sérgio Arouca troquei o seu nome pelo do seu ilustre irmão José Carlos da Silva Arouca, a quem me penitencio. Tanto o Sérgio como José Carlos da Silva Arouca estudaram no Instituto de Educação Otoniel Mota.


O Sérgio completou sua educação na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, sendo posteriormente nomeado pelo Presidente José Sarney para dirigir a FIOCRUZ no Rio de Janeiro. Foi posteriormente eleito Deputado Federal por aquele Estado, prestando histórico serviço pelo aperfeiçoamento da medicina social, da qual surgiu uma das principais entidades da nossa geração, o SUS.


O José Carlos da Silva Arouca, após completar o curso secundário no nosso ginásio, prestou com sucesso o exame vestibular para a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, a respeitadíssima São Francisco.


Já então estávamos na década de sessenta. O doutor José Carlos dedicou a sua atividade profissional, especialmente na cidade de São Paulo, defendo trabalhadores perante os tribunais da Justiça do Trabalho.


Houve então a convocação de concurso para ingresso na carreira para o exercício do dificílimo cargo de Juiz do Trabalho. O dr. José Carlos foi um dos primeiros colocados.


Naqueles tempos eclodiu um momento de grande distinção na área política e o Estado Democrático de Direito, até então em vigor desde a queda da ditadura de Getúlio Vargas, foi substituído em 1964 por uma demoradíssima ditadura militar.


Os administradores alçados a cargos e poderes governamentais desenvolveram uma política publicamente contra a classe operária.


Dentro daquele quadro foi impediu a nomeação do dr. José Carlos da Silva Arouca para o cargo de Juiz do Trabalho para o qual, como já referido, tinha sido aprovado com grande sucesso num dos primeiros lugares.


Muitos anos foram passados antes do advento do Estado Democrático de Direito no Brasil até que voltássemos a conviver numa democracia.


Assim que Fernando Henrique Cardoso, filho de um limitar do Exército Brasileiro, assumiu a Presidência da República, trabalhando firmemente na reestruturação democrática do Brasil, nomeou o doutor José Carlos da Silva Arouca para o cargo de Juiz do Trabalho, passando a ocupar uma das cadeiras do Tribunal Trabalhista de São Paulo, onde exerceu suas nobres funções com remarcada dignidade até sua aposentadoria.


Assinalo, novamente, que durante a ditadura de 1964, vários juízes, médicos e advogados foram atingidos fortemente em suas vidas, na administração de suas famílias, sendo de se registrar que Ribeirão Preto foi palco desses acontecimentos. A sociedade local testemunhou, entre outras prisões ilegais, a do grande médico Luís Carlos Raia, cuja história foi eternizada com a praça que recebeu o seu nome: Parque Raia.


Com certeza, homens como Sérgio da Silva Arouca, José Carlos da Silva Arouca, Luís Carlos Raia e tantos outros contribuíram decisivamente para a restauração democrática do estado brasileiro.

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