Operação Antígeno do GAECO desarticula comércio de medicamentos falsificados
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Na manhã desta quarta-feira (29/10), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado de São Paulo deflagrou a Operação Antígeno para desarticular organização criminosa voltada à comercialização de medicamentos falsificados ou de procedência ignorada. Os alvos se dedicavam também à lavagem de capitais.
Com apoio dos GAECOs dos Ministérios Públicos do Rio de Janeiro e de Goiás, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em cidades daqueles Estados. A Justiça determinou ainda o bloqueio de R$ 15 milhões em nome dos investigados e de pessoas jurídicas a eles relacionadas, além do sequestro de imóveis e veículos; da apreensão de bens como dinheiro em espécie e da suspensão de atividades de empresas envolvidas. Os investigados ficaram proibidos de exercer atividades ligadas à comercialização de medicamentos e produtos hospitalares, entre outras medidas cautelares fixadas.
As investigações, conduzidas em Ribeirão Preto, tiveram início após a identificação, por hospital da região, de lote de imunoterápicos com indícios de falsificação. As apurações apontam a existência de uma estrutura criminosa, sediada principalmente nos Estados do Rio de Janeiro e de Goiás, responsável por fornecer medicamentos falsificados ou de procedência ignorada a estabelecimentos hospitalares em diferentes unidades da Federação, com foco em fármacos de alto custo destinados ao tratamento de doenças graves, como o câncer.
O grupo também se valeria de empresas de fachada para ocultar e dissimular valores obtidos ilicitamente, caracterizando lavagem de capitais.
O objetivo desta fase é interromper o comércio ilícito de medicamentos e assegurar a recuperação de bens e valores. A continuidade das apurações ocorrerá com a análise do material apreendido nesta data e a realização de novas diligências.

