A mentira como verdade
Nessa era amalucada em que condenado por não poucos crimes têm o comando da grande potência nuclear do mundo terráqueo, o cerco não é mais ocupado, na primeira fileira, pelos magnatas do petróleo. O cerco agora é dos outros magnatas, donos das plataformas digitais, que estão no barco da desregulamentação total das redes sociais. Assim a mentira, que ainda tinha, numa delas, a vontade e o poder de investigar a fonte da mentira, antes da posse do profeta do horror, anunciou sua adesão à licenciosidade da informação, invocando o direito à liberdade confundindo-a com licenciosidade, que é sinônimo de devassidão, indecência.
Nesse Brasil em que deputados pediram sanções ao Brasil, se os criminosos de 8 de janeiro não fossem soltos, e os bastardos civis e militares não receberem, outra vez, a água benta da anistia, — tais deputados — exercitaram o servilismo moral, com dinheiro público, sem conseguir se aproximar do grande Chefe, no dia de sua posse, na América do Norte. Contentaram-se, em assistir em solo americano, a solenidade pela televisão. Pois é esse mesmo manto de servilismo plural e moral, que agasalha o presidente da Câmara de Deputados e o ajudou a impedir a votação da lei, estudada durante mais de dois anos, e que colocaria ordem no “galinheiro de ouro” das redes sociais.
O maleficio desse instrumento ilude as pessoas que o utilizam, fazendo-as supor que são independentes. Não podem ser independentes se não são criadores, eles são usuários de uma tecnologia, que o domina sem que ele o saiba. Ela sabe exemplarmente da vida de seu usuário, e o controla, pela repetição de possibilidades ou de assunto ou mentira ou oferta daquilo que tecnologia de informação sabe previamente de seu interesse. Assim, é facílimo a projeção ideológica, a criação de um inimigo, absolutamente necessário no ideário nazista ou fascista, a lacração da dignidade da pessoa, assumida como inimiga, porque indigesta, pessoal ou politicamente ou ideologicamente.
O perigo desse derrame de mentira pode ser examinado pelo desgaste brasileiro, porque um fazedor de mentiras digitais de Minas Gerais, torceu, mentiu sobre uma providencia da Receita Federal, que pretendia fiscalizar dinheiro, como é o que se paga via PIX, e o tal deputado, mais dois de sua laia, divulgaram que o governo desejava criar imposto sobre seu dinheiro, que iriam invadir a intimidade bancária, como se a Receita já não tivesse controle de transações comerciais, como as fortes suspeitas do episódio das “rachadinhas”. É o controle do Estado.
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E o Estado quer saber se o Pix está servindo aos traficantes de drogas ou as milicias que infernizam o Rio de Janeiro e grande parte do território nacional, ou políticos e pessoas corruptas.
Deputados que mentiram não podem ficar impunes e junto deles os jornalistas, nessa época amalucada, que o protegeram atribuindo-lhes o direito de mentir. Só que politico nunca teve o direito de mentir, e jornalista que não tem obrigação de revelar a fonte da notícia, tem o dever de informar corretamente a verdade, para não desinformar quem tem direito a ser bem e corretamente informado sobre atos e fatos, especialmente naquilo ligado à politica pública, seja qual for o governo.
O espaço das nuvens e dos bombardeiros militares, e das viagens de civis, está sob a a ameaça da nova e massiva exploração, no melhor sentido nazifascistas do cumprimento do braço estendido para o alto de, magnata da tecnologia da informação, e registrado pelo televisão mundial.
Por Feres Sabino