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O Terceiro Homem

Sérgio Roxo da Fonseca *  
roxodafonseca@gmail.com 
 
Taís Costa Roxo da Fonseca ** 
taisroxofonseca@gmail.com

O filme inglês ”O Terceiro Homem”, de  1949. provavelmente é uma das películas mais premiadas da história do cinema. Foi filmado em Viena, tendo como panorama o final da Segunda Guerra Mundial, época na qual os Estados Unidos e a Rússia ainda eram aliados. 
 
Teve como música de fundo uma obra vienense que se perpetuou em nossa memória. Afirma-se que na época da filmagem, os diretores e atores ouviram o seu som num restaurante. Foi imediatamente gravada na película que recebeu o nome do filme… 
 
O inglês Carol Reed foi seu diretor. Seus artistas principais forem os americanos Orson Well e Joséf Cotten, contracenando com a extraordinária italiana Alida Valli. O texto foi escrito por Grahan Greene e Alexander Korda. 


 
Os prêmios recebidos; Oscar de 949, melhor fotografia, melhor direção, melhor montagem, melhor edição; Grande Prêmio de Cannes de 1949. 
 
É possivelmente até hoje vê-lo e revê-lo pela TV, onde se encontra gravado. 
 
A história tem como pano de fundo a Viena após a Segunda Grande Guerra que então era policiada pelas tropas norte-americanas ao lado das russas. 

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As autoridades estão em busca de um norte-americano que insiste em matar doentes, receitando penicilina imprestável. O falsário argumenta que todos os países civilizados agiram, em várias épocas, matando pessoas inocentes em guerra ou fora da guerra em busca da riqueza. Por que não poderia ele, o norte-americana seguir os passos deles? Logo eles que são aplaudidos até hoje? 
 
Curiosamente o filme tem uma tonalidade política não oculta, que até hoje não desapareceu, mas curva-se pelos cantos da tela para demonstrar artisticamente que as pessoas insistem em ver o que não enxergam ou, ao contrário, enxergam o que não veem. 


 
O filme e sua música são inesquecíveis, em quase todas as cenas. Duas das delas nos acompanham até hoje. 
 
Uma tem como panorama a cidade de Viena apreciada pelos dois artistas principais, colocados no interior de uma cabine da até então maior roda gigante da terra.O criminoso insiste em convencer o honesto que o crime é a moeda dos países e das pessoas desonestas que, comeste comportamento, alcançam os degraus mais altos da civilização. Segundo o malfeitor somente o desonesto enxerga o que está vendo. 


 
A outra cena trata-se do final de filme que se passa no túnel subterrâneo que no final da Segunda Grande Guerra Mundial Viena já mantinha como seu esgoto, obra desconhecida até hoje por inúmeros países da nossa atualidade. 
 
Não se pode esquecer a sentença do escritor argentino Jorge Luís Borges: “Só se perde aquilo que nunca se teve”,ou seja, tudo que tivemos jamais poderá se perder. 


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* Advogado, professor livre docente aposentado da Unesp, doutor, procurador de Justiça aposentado, e membro da Academia Ribeirãopretana de Letras
* Advogada

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