MPSP e Estado firmam acordo para expandir Serviço de Famílias Acolhedoras
Durante solenidade para assinatura de Termo de Cooperação Técnica destinado à expansão do Serviço de Famílias Acolhedoras, o procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, enfatizou o caráter transformador do trabalho diuturnamente desenvolvido pelo MPSP. A parceria foi firmada com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e oficializada com evento nesta segunda-feira (19/2).
“Mudar a vida das pessoas para melhor é algo que norteia o trabalho de promotoras e promotores de Justiça”, disse o PGJ. Ele afirmou acreditar que a iniciativa servirá de modelo para todo o país. “Quando cuidamos de crianças e jovens, cuidamos do nosso futuro”, sustentou.
Para o titular da pasta de Desenvolvimento Social do governo do Estado, Gilberto Nascimento, ser família acolhedora é dar à criança e ao adolescente ferramentas para conquistar grandes objetivos. “A família faz toda a diferença na vida do acolhido”, afirmou o secretário, que esteve acompanhado do pai, deputado federal que compartilha o mesmo nome do filho. “A partir de iniciativas como esta, podemos afirmar que o Brasil tem jeito”, afirmou o parlamentar.
A assinatura do acordo foi precedido por uma roda de conversa sobre o Serviço de Famílias Acolhedoras, modalidade pensada para oferecer proteção integral às crianças e aos adolescentes que precisam ser afastados temporariamente dos parentes. Quem conduziu a troca de experiências foi a promotora Renata Rivitti (CAO Cível), idealizadora da parceria com o Poder Executivo estadual. Ela explicou o papel do MPSP no fomento à criação de políticas locais de acolhimento em todo o Estado. “Trata-se de uma nova perspectiva de atuação ministerial, de forma estruturante, para evitar a institucionalização de crianças e jovens”.
Assistente social do Núcleo de Assessoria Técnica Psicossocial (NAT), Claudia Marqueze falou da importância de se incluir olhares que vão além do campo jurídico com o objetivo de contribuir para concretizar a garantia de direitos. “Estamos esperançosos que continuaremos contribuindo para a expansão do Serviço de Acolhimento em São Paulo”, disse.
Juliana dos Santos, psicóloga do NAT, esclareceu que o Serviço de Família Acolhedora é tipificado pelo Sistema Único de Assistência Social, dando ao Estado a incumbência de fornecer apoio técnico aos municípios com vistas à efetiva implementação da política. “A família acolhedora traz, de maneira clara, a participação da sociedade, da família e do Poder Público na proteção a crianças e adolescentes”.
“Em momentos de ruptura, é importante que a criança e o jovem permaneçam num seio familiar. O cuidado individual é muito mais benéfico do que a institucionalização”, garantiu Mariana Alcântara, coordenadora de um Serviço de Acolhimento Familiar em Campinas.
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Valdineia Ferreira, que está acolhendo uma criança de pouco mais de 1 ano, deu seu testemunho dos benefícios proporcionados pelo serviço. “A cada dia, é uma alegria ver o desenvolvimento dela. É muito gratificante”.
“O melhor desse serviço é que ele não acolhe apenas a criança, mas também a família de origem”, afirmou Camila Barros da Silva, mãe de uma criança que passou pela experiência.
Paulo Ricardo, jovem que foi acolhido por uma família, falou sobre os avanços pessoais que conquistou ao participar do projeto. “Com um mês junto à família, eu já sabia cozinhar e fazia planos de tirar minha CNH, coisas que eu nem sonhava em fazer quando estava no abrigo”.