Mata-se quase todos, e a guerra continua?
Volta-se ao assunto, já que falta algo muito grave na imprensa brasileira.
A guerra na Palestina — pelo noticiário da televisão e jornais brasileiros — já teria terminado, por falta de civis e combatentes para morrer, também porque o exército sinfonista matou crianças, mulheres e adultos, e toda liderança da turma da resistência, denominada como “terrorista”, não comprometendo o Estado verdadeiramente terrorista, que já há 70 anos mata palestinos e árabes-palestinos, e até representante da ONU, numa política violenta de ocupação de terra alheia.
Não contam a história da violência da ocupação, e assim não contam a história da resistência, direito natural reconhecido para todos os povos explorados, humilhados, oprimidos.
Hoje, domingo, a violência do governo sionista, no sul do Libano, atacou os capacetes azuis da ONU, que mesmo com o ataque se negam a deixar aquele pedaço de fronteira.
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Essa afronta ao símbolo da força da Paz não surge pela primeira vez, nesse cenário raivoso e vingativo, que não consegue se mostrar ao mundo a real situação histórica, depois daquele assalto surpreendente contra alvos militares do governo sionista, que derrubou a crença da invencibilidade do seu Estado, assim como a derrubada das tores gêmeas já mostrara que não existe país completamente seguro, completamente invulnerável. Nessa linha de angústia e preocupação viu-se o surpreendente ataque do Irã, com misseis hipersônicos passando pelos radares e tecnologia de defesa, atingindo alvos certos e militares, tidos antes como inatacáveis.
Mas, essa dos capacetes azuis é um ato de violência que se liga à violência política do governo sionista-israelense, pois, Israel jamais cumpriu qualquer Resolução do Plenário da ONU- Organização das Nações Unidas, fundada em 1946, ou do seu Conselho de Segurança, com a esperança de que jamais a humanidade teria a estupidez de novas guerras, aquela provocada pela hecatombe nazista. Resoluções descumpridas, sempre relacionadas ao povo palestino.
Atualmente, os filhotes nazistas lá fazem o gozo de seu padrasto, gargalhando no inferno e, aqui, só não veneram abertamente esse Hitler longe do fronte, mas adotam palavra de ordem de igual teor e disseminam o ódio, como vitamina de força bruta, que poderá ser potencializada como aquela garantia de arma de fácil aquisição.
Essa onda de ataques a ONU até considerou o seu Secretário Geral “persona non grata” por Israel, por não ter condenado o ataque do Irã. A propósito, essa violência guarda íntimo conteúdo de igualdade com todos os ataques aos colegiados que estabelecem limite a atuação da “besta” desembestada. No Brasil os ataques ao Supremo Tribunal Federal, que na verdade é ao Poder Judiciário, tem sua filiação derivada da maternidade da barbárie.
Outra esperteza histórica, seguramente mantida por um poder econômico poderoso, é a mistura que propositalmente a propaganda faz entre o sionismo, movimento político discriminador e violento, e o povo judeu, que tal como o povo palestino tem direito ao seu Estado. Só que a expansão da ocupação do território palestino, mediante políticas públicas, azeitando colonos armadas, inviabiliza, hoje, a existência de dois Estados.
O que se sabe é que o regime do governo sionista patrocina o apartheid social mais grave e mais violenta do que existia na África do Sul.
Mas, historicamente, apartheid tem prazo de validade.