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Parlamento não é covil

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POR FERES SABINO – ADVOGADO

A onda destrutiva da dignidade das instituições todo dia quer um folego novo para continuar perturbando a cena política brasileira, especialmente no Parlamento Federal, onde a minoria barulhenta quer manter o esquema da “roubalheira legal”, através das imorais emendas parlamentares. No entanto, essa minoria consegue frequentemente ser maioria, especialmente quando tantos outros precisam se proteger da exigência judicial da legalidade e da publicidade e da destinação do dinheiro público que manipularam.

Deputado não quer controle. A lei para os deputados só tem que valer para outros, porque deputado é que manda, faz a lei, desfaz a lei, ameaça o Supremo, ameaça Ministros, trai o pais, com a benevolência da Presidência do legislativo, como se fosse um mero esqueleto sem alma, sem dignidade, sem coragem moral. Deputado quer fazer do parlamento o centro da imunidade, para que eles possam se reeleger facilmente, e juntamente com essa sorte grande de ser deputado, poder se enriquecer até que ele e seus familiares se tornem “famílias tradicionais”.

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Essa Pec da Blindagem é um convite para todo criminoso ser candidato a deputado ou senador. Não haverá distinção criminoso de morte matada, traficante, membro de organização criminosa, todos querem ser deputados e senadores, e dinheiro não lhes falta, para ficarem protegidos até o final do último mandato, que pode terminar na velhice.

E tem mais. Essa possibilidade de ficar protegido de qualquer cobrança judicial, porque cada processo dependeria da autorização do plenária da Câmara ou do Senado, e todos estariam amarrados invisivelmente pela solidariedade corporativa, porque um dia é da caça outro do caçador, diz um para o outro, quando lembram reciprocamente que uma mão lava a outra. E nessa convivência bandida os freios da ética e da moral ganham a elasticidade da sociedade mafiosa, na qual matar é cartão de visita de ingresso nela.

A correria para aprovação da PEC da blindagem talvez esteja ligada à denúncia que acertou o estomago da liderança da extrema direita brasileira, quando os Chefes dos respectivos Partidos, foram acusados de serem, um, dono de aviões ligados ao PCC, outro de ter recebido uma montanha de dinheiro dessa mesma fonte podre de ética, o PCC.

O PCC, organização criminosa, foi descoberta instalada na Avenida Faria Lima, centro financeiro e empresarial da capital de São Paulo, mediante movimentação de bilhões em fundos de investimentos, que serve mais do que uma advertência, mas de uma acusação à liderança política e governamental do Estado de São Paulo, onde o maior feito começou no litoral paulista com a barbárie policial, impune, passou pela morte praticada pelo PCC às portas do Aeroporto de Guarulhos, até a corrupção do policial da segurança do governador, consta  ligado ao PCC e afastado por isso. Não sei se responde a processo administrativo.


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Essa atuação barulhenta de deputados, que querem fazer o diabo especialmente com dinheiro público, sem prestar contas, ignoram que a atitude deles não só devem conquistar o repudio de quem não os suporta, como também servem de modelo, por força da imitação, a jovens que sonham com poder e com dinheiro fácil.

Hoje, apesar dessa escumalha barulhenta, mais exibida e mais ousada, a vida pública no Brasil apresenta pessoas, que com todas as contradições sugeridas pela vida político-partidária, ainda se mantem altivas e corajosas, plantando a semente de um Brasil grande, democrático, justo e soberano.

Que os fantasmas de ontem, que nos deixaram, a esperança de exemplos eficazes. Que os vivos, éticos, incansáveis, resolutos, de hoje, não abandonem a trincheira da dignidade e da soberania da pátria.

Abaixo a conversa corrupta da anistia! Abaixo as emendas parlamentares! Que a escumalha parlamentar não se reeleja, enriquecendo sem prestar contas do dinheiro desviado. Abaixo qualquer blindagem que faça do Parlamento Federal um covil de ladrões de paletó e gravata.

 

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