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A comparação necessária: entre 2002 e 2025

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POR FERES SABINO | A matança do Rio de janeiro está sendo considerada um sequestro de pauta, para criar problema com o Governo Federal,  inclusive com  o uso da qualificação de terroristas, para os mortos, maneira de tentar a intervenção do Trump, mediante uso de lei interna que autoriza sair em busca desses grupos, até em terras estrangeiras. O fato é que a matança atinge aproximadamente 130 pessoas. E a comparação, entre 2002 e 2025 é absolutamente necessária, para se atingir um juízo justo a respeito das pessoas e da política aplicada sobre situação igual.

Primeiramente, a governadora da época era Benedita da Silva (PT- Partido de Lula), originária da favela, que nunca teve qualquer processo contra ela, entrou limpa e saiu limpamente. Depois dela, todos os governadores sofreram o afastamento compulsório, até prisões. O atual governador está com julgamento próximo no Superior Tribunal Eleitoral, e tudo indica que cassará o seu mandato, Claudio Castro, (PL – Partido do Bolsonaro) processado pela contratação, usando dinheiro público, de 25 mil pessoas, para trabalhar na sua campanha eleitoral.

Em 2002, quando era governadora do Rio de Janeiro Benedita da Silva, aconteceu a morte brutal do jornalista Tim Lopes, torturado pelo traficante Elias Maluco, que comandava o tráfico na Favela do Limão e na Favela da Penha.

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Durante três meses de investigação, três meses de paciência, planejamento, e inteligência, prepararam a operação com 500 quinhentos policiais, cercando as favelas, e não disparando nenhum tiro conseguiram cumprir o mandado judicial de prisão do assassino de Tim Lopes, que era o traficante Elias Louco.

Vinte e dois anos depois, nesse ano de 2025, nos mesmos locais, 2000 policiais mataram aproximadamente 130 pessoas, e não conseguiram cumprir o mandado de prisão do chefão do tráfico. O resultado é que ficou tudo como estava, policial nos quarteis, traficantes nas favelas.

O mentiroso da extrema direita, cultor da morte matada, lidimo representante do espírito fanático das milícias cariocas, que se esparramaram pelos estados brasileiros, logo que a matança exigiu a entrevista coletiva, ele tentou culpar o governo federal, declarando o nome de  Lula, como desinteressado pelo problema do Rio de Janeiro, problema que aliás não é só daquele estado.

É o verdadeiro cara de pau.


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Depois da mentira divulgada pelas redes sociais apresentou-se o que seria o teor de um oficio, sem a data de cima, e no qual está contido um pedido de empréstimo de blindados, inclusive tanques, da Marinha.

Esse oficio revela o despreparo e a má-fé dessa figura sinistra. Um governador não pode ignorar que ele não pode fazer esse pedido inútil, porque a Constituição Federal não o permite. O uso e manejo dessas armas é exclusivo das Forças Armadas. Mas tem mais: – a data do oficio consta do rodapé e registra data de 10 meses anteriores a chacina de agora. Portanto, o oficio é inconstitucional e ilegal, e a autoridade para decidir, favoravelmente, era absolutamente incompetente.

“O governador do Rio de janeiro ou assume a responsabilidade ou joga a toalha”, assim respondeu o Ministro da Justiça, divulgando a dinheirama transferida ao Governo do Rio, destinado a segurança pública, e  não utilizada pela incompetência do governo daquele Estado, cujo  planejamento foi um desastre, até porque morreram quatro policiais, que recentemente ingressaram na polícia, portanto marcados pela inexperiência. Mais, a guarda nacional  está no Rio de janeiro desde 2023, e se ela não participou é porque não foi convocada.  

Como um ignorante como esse alçou o governo do Rio de janeiro?

O motivo é o mesmo que elegeu o de São Paulo, o do Paraná, o de Sana Catarina, excetuando o do Rio Grande do Sul, que quer entrar nessa fila de coveiros e de cultores da morte, que prestaram solidariedade ao comparsa, via digital.

A polícia divulgou sua vitória: apreendeu as metralhadoras, aproximadamente cinquenta, mas os mortos atingem um número de aproximadamente cento e trinta pessoas, sendo que uma delas teve a cabeça separada do corpo e dependurada numa árvore, na exposição macabra improvisada na mata. Para isso, conclui-se que mataram pessoas desarmadas.  E a grande operação não conseguiu cumprir o mandado judicial, prendendo o chefão do tráfico.

O manso e ignorante governador  do Rio de Janeiro, tal como os governadores da extrema direita, coerentemente boicotam a votação da PEC da Segurança Pública, que racionaliza e estabelece a inter-relação dos órgãos policiais do Brasil, para   informações e planejamento comum sob o pretexto de ferimento da autonomia dos Estados. Na verdade, a ignorância da Constituição que juram cumprir, e que celebra como fator fundamental a vida, desconhece o sentido determinante do sagrado voto depositado no silencio das urnas e que impõe aos governantes o diálogo federativo, obrigatório. No entanto, cada um desses governadores, chutando esse dever criam uma espécie de  “enclave inimigo”, que destila separação, ruptura, ódio.

O que emerge, quando eles se reúnem para aplaudir o governador do Rio de Janeiro pela matança, é o mesmo que o governador de São Paulo e o de Goiás foram buscar quando visitaram o Estado genocida de Israel: o gosto de sangue humano, e eles foram o Consórcio da Paz.

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