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Jaburus & Gafanhotos: Orlândia & São Joaquim da Barra

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Muitos já devem ter ouvido falar da rivalidade entre as cidades de Orlândia e São Joaquim da Barra. Neste artigo, vamos tratar de forma científica, este tema que já mereceu a pesquisa científica da Profa. Márcia Maria Castejon Molina, em seu trabalho de conclusão de curso em História, apresentado na UNESP-Franca, e mereceu o título “Juburus e Gafanhotos: Disputas Politicas na Câmara de Orlândia (1917-1919)”.

Diversas famílias, representantes da elite, proprietárias de grandes fazendas cafeeiras, investiam em ferrovias, na imigração e tinham interesse na construção de novas vilas, municípios e comarcas dentro de seus domínios. No final do séc. XIX, o preço do café no mercado internacional estava alto.

O coronel Francisco Orlando Diniz Junqueira, era o chefe dos Jaburus, e os Gafanhotos era o movimento de oposição ao Cel. Orlando. Os gafanhotos recebiam este nome porque “desejavam arrasar a lavoura política do Cel. Orlando, já os Jaburus competiam destruí-los, devorando-os”.

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Vale a pena destacar que esta era uma briga de “Coronéis”. A transferência da sede da Comarca de Nuporanga para Orlândia, com a articulação do Cel. Orlando, foi intensificado o movimento de oposição a ele.

Foi em São Joaquim que houve uma oposição mais acirrada, pois os políticos amarguravam a não transferência da sede e a perda do controle político e administrativo local.

Os jornais locais, sempre procuravam dar voz aos donos do poder: “A Notícia” de Orlândia e “A União” de São Joaquim eram favoráveis ao Cel. Orlando, e o jornal “O Município” de São Joaquim, apoiava os municipalistas. O Cel. Orlando era visto como um homem autoritário, intransigente e todos utilizavam o voto de cabresto, para controlar a política local, muito comum na Republica Vella.

A transferência da Comarca para São Joaquim, ameaçava o poder do Cel. Orlando, pois São Joaquim já era um distrito constituído e exigiu que o Cel. exercesse, mais uma vez sua influência política e econômica.


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É sempre bom lembrar, que isso foi uma “Briga de Coronéis”, e a população simplesmente assiste em silencio total.

Por hoje é só!

 

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