Alunos dos quatro núcleos do IORM participam da descoberta do tema do espetáculo 2023: Raízes e Asas
Como conclusão das Oficinas de Artes Usina da Dança será criado e produzido o Espetáculo de artes cênicas “Raízes e Asas”, por meio da execução das Oficinas de Formação artística cultural que resultará em 12 apresentações artísticas culturais. Neste mês de abril, os alunos participaram da dinâmica de descoberta do tema do Espetáculo. Esta ação integra o Plano anual Agenda Cultural 2023 – Pronac 220726, realizado pelo Instituto Oswaldo Ribeiro de Mendonça – IORM e Ministério da Cultura.
Os ciclos da vida e da natureza foram a inspiração criativa para o tema deste ano do espetáculo que reunirá os alunos dos quatro núcleos do IORM em apresentações nas cidades de Guaíra, Orlândia, Miguelópolis e Ipuã.
O processo de descoberta do tema, envolvendo educadores, colaboradores e alunos da Usina da Dança aconteceram nos dias 19 e 20 de abril em Orlândia, nos dia 24 de abril em Ipuã, 25 de abril em Guaíra e, em Miguelópolis, nos dias 26 e 27 de abril. O grande número de alunos que ingressou nos polos do IORM gerou a necessidade de envolver todas as equipes de diferentes polos no processo das descobertas.
“O momento da descoberta sempre é muito aguardado pelos alunos e toda a equipe que gostam da emoção deste primeiro contato com o tema. A escolha do tema sempre é precedida pela escuta ativa de nossos alunos, pela observação consciente de seus comportamentos. Mais uma vez a Natureza e o Digital se impõe como tema devido à necessidade deste equilíbrio constante. O ingrediente novo é o trabalho para estimular o sentimento de pertencimento de nossos alunos. Pertencer é uma forma de superar o sentimento de falta de perspectivas, de sonhos. Nosso trabalho vem com a intenção de desenvolver neles o protagonismo da própria história.”, declara a coordenadora artística da Usina da Dança, Valeria Pasetto.
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O desenvolvimento do tema gera aprendizado durante o ano, trata-se de um longo processo que tem no espetáculo um dos resultados finais, rico e potente, como define a coordenadora artística.
As etapas subsequentes ao descobrimento são a criação dos figurinos pelos próprios alunos, que podem acompanhar a concretização desse momento criativo no trabalho das costureiras. E então, os laboratórios dos processos criativos das turmas e suas linguagens.
Semente sob a terra
A dinâmica de descoberta do tema Espetáculo proporcionou aos participantes uma experiência corporal que percorrerá o ciclo da vida conectado à natureza. Os alunos foram subdivididos em grupos de até 20 participantes de várias turmas.
Os grupos foram posicionados em salas escuras para configurar a experiência de vida intrauterina, ou em analogia à uma planta como uma semente que ainda não eclodiu na terra.
Nesta sala, os alunos tiveram como primeiro desafio montar o quebra-cabeça que revelou o mapa a ser seguido pelo grupo, afinal para germinar ou nascer, os seres vivos enfrentam obstáculos e percorrem um caminho longo. “Desabrochar ou, sair debaixo da terra requer coragem e disposição.
Os alunos tiveram que percorrer um extenso túnel de tecido de forma organizada e segura, por ordem crescente de idade. Seguindo a trilha do mapa, a segunda fase consistiu no ingresso em uma sala fria dotada de cobertores e tecidos espalhados pelo chão, para que os participantes passassem pela experiência de hibernarem. O grupo foi instigado a construir uma cabana para abrigar todos os participantes, uma clara referência à brincadeira de infância que remete a aconchego, cuidado e carinho, que abrigue todos os participantes. Ainda na sala fria, as crianças tiveram a experiência sensorial de tomar chocolate quente, já abrigados em sua cabana.
A colheita dos frutos, no que consistiu a terceira fase do desafio, bexigas suspensas abrigavam em seu interior palavras que representaram frutos bons ou ruins que podem ser colhidos ao longo da vida a partir do que cada um cultivou ao longo de sua trajetória. Entre os bons frutos, destacaram-se palavras como amizade, perdão, aprovação, superação… já os maus frutos trouxeram inscrições como briga, engano, mentira, desrespeito.
Finalizando a descoberta, cada grupo recebeu sementes de girassol, que foram cultivadas e expostas nas sedes dos núcleos do IORM em cada cidade. Cada grupo deu um nome para sua planta e a atribuição de cuidar da semente durante todo o ano. Cada aluno pode levar para casa uma muda de Ipê assegurando a conexão da experiência e o compartilhamento da descoberta com as famílias.
“O processo foi encerrado com uma roda de conversa com todos os alunos presentes, para atribuir o sentido a cada etapa da Descoberta, relacionando com a temática do espetáculo, alinhando significados e percepções”, finalizou Valeria.