Poetisa orlandina vence o Concurso Sarau Brasil
A orlandina Elizabete Teixeira levou medalha de ouro no Concurso Sarau Brasil pelo seu poema “A Rosa do Gelo”. Além de ter sido apresentada como nova poetisa, a autora teve seu texto publicado pela Editora Vivara como os melhores de 2018.
Todo ano o Sarau Brasil recebe mais de dois mil inscritos de todo país e premia 250 deles. Em 2018 o concurso contou com a participação de 2.614 autores, com dois poemas cada, contabilizando um total de 5.228 textos. Além da divulgação, o concurso também premia o primeiro lugar com o valor de dois mil reais.
Elizabete ficou entre os colocados para a edição da obra Antologia Poética quando se inscreveu em 2016, mas só teve “A Rosa do Gelo” publicado agora devido a um problema de comunicação com a equipe do concurso.
“Eu fiquei sabendo do Sarau Brasil através da internet. Dois anos depois da inscrição eu entrei em contato com eles por e-mail e fui informada que ganhei o primeiro lugar. Eles me disseram que a quantia em dinheiro não teria como eu receber porque, na época, não conseguiram contato. O e-mail foi parar na caixa de spam. Então conversamos e eles aceitaram em publicá-lo este ano”, conta.
“A Editora Vivara é uma grande editora e, modéstia à parte, o concurso é muito importante para o Brasil, principalmente porque a cultura não é tão divulgada. Eles estão dão muito apoio aos novos poetas do país”, completa.
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[poema]
A rosa do gelo
Era uma noite tão calma
E tudo em pleno silêncio
Vi uma rosa se abrindo
Naquele exato momento
Porém a minha boca calava, sob a mordaça
do tempo.
E nem de longe eu imaginava, que quem
ali me sondava, era a
nevasca do vento!
A flor em meio ao geleiro
Um tremendo vendaval
Uma triste despedida
E um desejo mortal
Dura haste inclinada
De tal rebento!
E sob o silêncio, e ao relento…
A minh’alma chorava
Lamentando esse momento.
E a rosa?… Ah! A rosa cheirava incenso.
Na longa e triste jornada
Somente o barulho do vento!
Se a dor no peito era imensa
E a descrença total
A rosa do gelo me levava
Além do bem, e do mal.
(Elizabete Teixeira)