Saneamento básico: investimento está abaixo do necessário para universalização nas 100 maiores cidades do Brasil - Jornal NovaCidade - Orlândia e região
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Saneamento básico: investimento está abaixo do necessário para universalização nas 100 maiores cidades do Brasil

                                    <audio controls class="b61_audio_player" data-noticia="83909" src="https://brasil61.com/rails/active_storage/blobs/eyJfcmFpbHMiOnsibWVzc2FnZSI6IkJBaHBBNytGQXc9PSIsImV4cCI6bnVsbCwicHVyIjoiYmxvYl9pZCJ9fQ==--e069bc911560333b1e5ac90fe4f8a314f19724ac/BRAS2514485A"></audio>
                                <p>O investimento em saneamento por habitante está abaixo do necessário para universalização dos serviços nas 100 cidades mais populosas do Brasil, conforme a <a href="https://tratabrasil.org.br/ranking-do-saneamento-2025/" target="_blank">17ª edição do Ranking do Saneamento 2025</a> – estudo do Instituto Trata Brasil, em parceria com a GO Associados. O levantamento aborda a universalização dos serviços de saneamento básico no país.</p>

A publicação analisa os indicadores de saneamento das 100 maiores cidades do país, levando em conta os indicadores mais atuais do Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (SINISA) – com ano-base 2023, publicado pelo Ministério das Cidades.

O indicador de ‘Investimentos Totais’ por habitante está entre os critérios utilizados para classificar os municípios. Nesse quesito, são considerados não apenas os investimentos realizados pelo(s) prestador(es). Ficam incluídos, também, os aportes realizados pelo poder público – sendo estados e municípios.

Para o ambientalista Delton Mendes, é preciso criar uma estrutura que permita o avanço dos investimentos no setor, com vistas a aumentar a cobertura dos serviços básicos de saneamento no país.

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“Eu acho que existe um subfinanciamento, ou seja, muitos operadores de saneamento enfrentam um histórico de subfinanciamento, resultando em uma infraestrutura insuficiente, com muita defasagem também técnica, inclusive com falta de investimento consistente ao longo de muito tempo, o que compromete, claro, a capacidade de expansão e melhoria no serviço de saneamento básico”, avalia o especialista.

Confira o valor médio investido em saneamento básico por habitante:

Pelo ranking, o indicador médio dos 100 municípios equivale a R$ 103,16 por habitante em 2023. O valor equivale a uma queda frente a média de R$ 138,68 por habitante em 2022. O montante também fica atrás da média nacional – calculada em R$ 126,97, segundo o SINISA 2023. 

Segundo o Trata Brasil, para efeito de comparação, o Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB) estabelece que o investimento aplicado para a universalização do saneamento nos municípios deve ser de R$ 223,82 por habitante.

Investimentos abaixo do ideal


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Os dados do estudo mostram, ainda, que 49 municípios populosos investem menos de R$ 100 por habitante – valor que equivale a menos da metade do patamar de R$ 223,82 conforme o PLANSAB.

Em contrapartida, apenas 17 municípios investem acima de R$ 200 por habitante. Desse total de cidades, 12 superam os valores considerados ideais. 

Entre os municípios que investem uma quantia maior por habitante em relação ao saneamento básico, a maior parcela das cidades está no estado de São Paulo. Além disso, os municípios concentram-se nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.

Confira os 10 municípios que mais investiram, em termos de suas populações: 

  • Praia Grande (SP)
  • Santo André (SP)
  • Aparecida de Goiânia (GO)
  • Cuiabá (MT)
  • Nova Iguaçu (RJ)
  • São Bernardo do Campo (SP)
  • Guarujá (SP)
  • Itaquaquecetuba (SP)
  • Vila Velha (ES)
  • Piracicaba (SP)

Já entre os municípios que investem menos por habitante em relação ao saneamento básico, a maior parcela das cidades concentra-se nas regiões Norte e Nordeste.

Confira os 10 municípios que menos investiram, em termos de suas populações:

  • Belford Roxo (RJ)
  • Betim (MG)
  • Petrolina (PE)
  • Contagem (MG)
  • Porto Velho (RO)
  • Ananindeua (PA)
  • Santarém (PA)
  • São João de Meriti (RJ)
  • São Luís (MA)
  • Rio Branco (AC)

Saneamento básico: melhoria da saúde pública

De acordo com o Trata Brasil, o Ranking de 2025 reforça o papel relevante do saneamento como política pública estratégica para a melhoria da saúde pública, bem como de eixos como educação e produtividade econômica no país.

A instituição defende que a universalização dos serviços básicos representa um investimento direto no bem-estar da população dos municípios e no crescimento socioeconômico do país.

Outro benefício dos investimentos em saneamento básico é a redução de internações por doenças de veiculação hídrica. 

Em nota oficial publicada em seu site, o Trata Brasil reforçou a importância da garantia de investimentos para o setor. 

“Para que o país alcance esses benefícios e cumpra a meta de universalização até 2033, estabelecida pelo Novo Marco Legal do Saneamento, será necessário ampliar significativamente os investimentos no setor e aprimorar a capacidade regulatória e institucional dos entes subnacionais”, diz um trecho da nota da instituição.

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