GAECO denuncia 20 investigados na Operação Castelo de Areia II
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Por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), o Ministério Público de São Paulo ofereceu denúncia contra investigados na Operação Castelo de Areia II pelos crimes de organização criminosa, usura, lavagem de capitais e, em alguns casos, corrupção. Nesta quinta-feira (12/6), o Judiciário converteu em preventivas as prisões temporárias de 17 pessoas. Uma continua foragida.
A denúncia do GAECO atinge os 17 alvos presos na operação deflagrada em 3 de junho, bem como três mulheres que também estavam sendo investigadas e tiveram aplicadas medidas cautelares diversas da prisão.
Questões processuais levaram à apresentação de duas denúncias, tendo em vista que, de acordo com a análise fática, embora se trate de uma só organização criminosa, os acusados se dividiam em dois núcleos.
OPERAÇÃO CASTELO DE AREIA
O MPSP, por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), e a Polícia Militar deflagraram, nesta terça-feira (3/6), a segunda fase da Operação Castelo de Areia, dando cumprimento a 17 mandados de prisão temporária e 22 mandados de busca e apreensão na cidade de Franca e região. O GAECO do Ministério Público de Minas Gerais e a PM daquele Estado prestaram apoio à operação, realizando uma prisão na cidade de Pedro Leopoldo.
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O objetivo da ação foi o de desarticular organização criminosa. Durante investigações iniciadas no final do ano de 2022 apurou-se a existência de um grupo que emprestava dinheiro a juros exorbitantes, valendo-se de cobranças com emprego de violência ou grave ameaça contra as vítimas. Parte do lucro era reinserida no próprio negócio criminoso, enquanto outra parte era objeto de lavagem de dinheiro, mediante a utilização de empresas de fachada, bem como aquisição de veículos de luxos e imóveis.
Apurou-se, ainda, a participação de um ex-policial civil da cidade na prática dos delitos. Ele iniciou a sua participação no esquema criminoso enquanto ainda estava em exercício de suas funções. Os membros desta organização já foram julgados e condenados. Com o prosseguimento das investigações, foram identificados outros membros desta organização criminosa, os quais continuaram na ativa mesmo com as prisões mencionadas anteriormente. Parte desta organização criminosa atua em outros cidades da região, incluindo em Ribeirão Preto, onde um dos líderes do grupo criminoso residia.
Durante as investigações, ficou evidenciada a agressividade nas cobranças, recorrendo-se até mesmo a ameaça expressa de assassinatos. Nas conversas interceptadas por ordem judicial, os criminosos chegavam a dizer que persistiriam no esquema ilícito, mesmo após a prisão dos outros integrantes. Disseram ainda que nada os intimidaria.
Fonte: MPSP