ColunistasNotícias

Cada registro e a lembrança da violência

Quando viajei para a Alemanha, conheci sua capital, Berlim. Uma cidade com a organização espartana de seu povo,  cuja disciplina é insuperável. O trem saído de Baden-Baden chegou às 11:53, na estação central. E chegou exatamente às 11:53. Nem um minuto a menos, nem um minuto a mais.

A lembrança dessa viagem ocorre-me, em razão do que acontece atualmente nos Estados Unidos, o país que era a terra da liberdade, como disseminado após 2ª Guerra Mundial, conflito esse festejado mundialmente como o enterro final do nazifascista, para o qual colaboraram, corajosamente as pracinhas brasileiras. Morreu o nazifascismo, mas deixou filhotes esparramados pelo mundo, quando não introjetou em suas vítimas a maldade e a torpeza que seriam repetidas em Gaza, com juros extorsivos e correção monetária, inaugurando o maior genocídio do movo século, com direito à televisão contrariada, por ter mesmo de veicular, intermitentemente, o heroísmo palestino.

Nessa viagem, as andanças por tantas ruas daquela linda capital, registramos tantas e muitas placas, em imóveis residenciais, nas quais o nome da família então residente, e que foi arrastada pela SS dos nazistas, para os campos de concentração e neles, em regra, para os fornos crematórios.

Atualmente, na pátria que teria sido a pátria da liberdade, assiste-se à polícia da Imigração norte-americana, invadindo residências, hospitais, clubes, para arrastarem imigrantes, que recebem o apelido de bandidos, simplesmente porque são imigrantes. A violência é a mesma, se lá na Alemanha nazista o inimigo era o judeu, na atualidade torpe norte-americana o inimigo é o imigrante. Geralmente quem adere a desregulação total (extrema direita), exclui a  tradição do debate e da busca da verdade, mediante o diálogo profícuo, que coloca a pessoa como princípio fundamental da vida, ela que é o centro sagrado da Democracia, estampada na estrutura nacional do Estado Democrático de Direito.

CONTEÚDOS EM PRIMEIRA MÃO: Faça parte do nosso GRUPO DO WHATSAPP para receber, em primeira mão, notícias e vagas de emprego de Orlândia (SP) e região.

O traçado do programa Trump, com os asseclas que o cercam, desde a solenidade da posse, essencialmente os magnatas das plataformas da Tecnologia Digital, tem por finalidade a destruição de todo os órgãos de fiscalização, que vão da saúde à defesa da natureza, e suas mudanças climáticas, passando por todos os setores da administração pública. A destruição dessa extrema direita antropofágica é de tudo e de todos que representem imposição de limites.  Essa atuação que o governo anterior do Brasil fez estrebuchando venenos e falsidades para desmoralizar tudo. Não se conhece precedente presidencial de convocar-se reunião com embaixadores para desacreditar as instituições do próprio país. Essa é uma contribuição brasileira à estupidez universal que não pode ser esquecida, porque foi o pavio da “alcateia” de 8 de janeiro.

Comentários