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O danado do vovô

Recebi, via WhatsApp, a imagem desgastada e a mensagem falada de um velho senhor, que poderia ser vovô de todos nós. E com sua memória prisioneira de um passado, ele adverte, como pedinte em fase de despedida, para que “não se esqueçam do petrolão”, e apresentava um número estravagante de prejuízo.

Era uma mensagem de coisa revisitada naquele arquivo criado pela sucessão da vergonha nacional.

Relembrar não é proibido, mas nem sempre cumpre a finalidade de quem relembra, já que não faz da lembrança um fantasma errante.

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O provecto senhor, verdadeiro portador de interesses políticos e ideológicos, preveni o brasileiro de que aquela desgraça financeira estaria ameaçada de ressurgir, para desonra nossa. E pretende realizar o aprofundamento da ruptura entre as pessoas pela instigação de um fato absolutamente superado, e engolido por outros posteriores, estes sim impunes.


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O vovô nessa mensagem de terror, vovô terrorista, se esqueceu de que naquele episódio quem foi reconhecido como culpado teve sua condenação e cumpriu pena. Simples assim. Mas ele não informou assim.

 O vovô não se preocupou com a realidade atual, como a inusitada pregação infernal e duradoura do ódio e das armas. Não se preocupou com a destruição de setores de controle dos serviços do Estado. A gastança para se ganhar a eleição perdida, através da compra disfarçada de votos. E nem da corrupção deslavada e emblemática de dois pastores que exigiam barras de ouro para marcar audiência presidencial, e que visitaram o Palácio do Planalto duzentos vezes, devidamente registradas. Não se lembrou daquele general aposentado, cujo filho era ajudante da desordem ética, cuja força de sua atuação sugere, até alteração nos critérios de promoção ao generalato pátrio, tal o absurdo praticado. Esses são meros exemplos.

O vovô poderia ser direto e simples escolhendo, por exemplo, o fato emblemático da mentira política lançado no tempo e no espaço, como foi a da suposta caixa-preta do BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social, fundado em 20 de junho de 1952, que tem a União como sócio único.

O Presidente do Banco, no governo Temer, já desmentira a existência de qualquer dúvida, na atuação do Banco. Era tudo legal, num quadro de servidores preparados e cumpridores da lei.

SIM, nada. Tudo dentro da lei, e com servidores competentes, o Banco sempre agiu dentro da lei, de acordo com suas finalidades e para o desenvolvimento do Brasil.

Mas, o discurso da direita ideológica continuava sua pregação da mentira, pretendendo fazê-la verdade assim, repetindo-a, repetindo-a.

Foi contratada, então, uma auditoria norte-americana. Ela examinou milhares de documentos, milhares, e nada encontrou de errado, suspeito ou corrupto.

A auditoria cobrou e ganhou 42 milhões de Reais, nosso dinheiro. O custo da verdade.

Era mais fácil e veraz o vovô estar ligado à corrupção volumosa e ainda impune acontecida depois.

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