Supostas fraudes em licitações em Morro Agudo desviaram R$ 1 milhão, diz MP
Investigado pela Procuradoria-Geral de Justiça, prefeito Gilberto Barbeti (PDT) foi afastado do cargo por 90 dias. Esquema envolvendo secretários, vereador e servidores pode ter desviado R$ 1 milhão.
Secretários do alto escalão da Prefeitura de Morro Agudo (SP) presos nesta quarta-feira (11) na Operação Eminência Parda agiam, segundo o Ministério Público, para obter benefícios e favorecer parentes, vereadores e laranjas com contratos fraudulentos de prestação de serviço ao Executivo. Promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) estimam que o grupo tenha desviado R$ 1 milhão dos cofres públicos.
“Essa própria rede os mantinha dentro do poder público de forma parasitária e também servia para angariar apoio político a todo esse grupo na cidade”, afirma o promotor Paulo Carolis.
O prefeito de Morro Agudo, Gilberto Barbeti (PDT), foi afastado do cargo pela Justiça por 90 dias. Segundo o Gaeco, ele é alvo de investigação da Procuradoria-Geral de Justiça, a quem compete apurar denúncias envolvendo prefeitos, por suspeita de envolvimento nas fraudes.
Alvo de um mandado de prisão temporária, a secretária de Administração e Planejamento Cleire de Souza é considerada foragida.
Os presos
- Vereador Elvis Júnio Marques, o Juninho Serralheiro (PT)
- João Marcos Ficher, secretário de Serviços Urbanos, Transportes e Obras Públicas
- Tiago Stolarique, ex-assessor de Assuntos Urbanos e marido da atual secretária da Saúde
- Mara Cristina Braga Pereira, chefe do Setor de Licitações e Despesa da Prefeitura
- Elisiane Ferreira, secretária do prefeito
Segundo o Gaeco, eles são investigados por associação e organização criminosas, dispensa de licitação sem a observância das formalidades legais, corrupção, peculato e desvio de verba pública.