Empresário está entre denunciados por homicídio cometido em disputa por marca na cidade de Cravinhos

Promotor de Justiça em Cravinhos, Paulo Augusto Radunz Junior denunciou, nesta quinta-feira (17/7), sete pessoas por ligação com a morte de um empresário ocorrida em maio deste ano na cidade do interior paulista. 

Um dos acusados, também empresário, pode responder por homicídio com as qualificadoras de motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima, assim como por ocultação de cadáver, fraude processual e falsidade ideológica. Outro homem, diretor-executivo nas empresas do primeiro, foi denunciado por participação direta no assassinato, ocultação de cadáver e fraude processual. Entre os crimes imputados aos demais envolvidos estão os de ocultação de cadáver, fraude processual, favorecimento pessoal e falsidade ideológica. 

As investigações revelaram que a vítima mantinha atividade comercial para registro e venda de marcas no segmento de suplementos alimentares, incluindo um produto com supostas capacidades emagrecedoras. Um dos denunciados, também empresário do ramo na região de Ribeirão Preto, estava em disputa comercial com a vítima pelo uso exclusivo dessa marca. Insatisfeito com a cobrança feita pela vítima para liberar a comercialização do produto, o empresário arquitetou com o diretor-executivo um plano para eliminá-la. Um dos acusados atraiu a vítima para uma falsa reunião em sua empresa, localizada em Cravinhos, usando um pretexto de dedetização para que os funcionários fossem liberados, garantindo um ambiente vazio.

No dia 16 de maio de 2025, durante a reunião, a vítima foi assassinada com um tiro na cabeça em contexto de emboscada, impedindo qualquer chance de defesa. Logo após o homicídio, os dois responsáveis diretos pela morte, com auxílio de outras pessoas, ocultaram o cadáver, enrolando-o em lonas e amarrando-o para depois lançá-lo nas águas do Rio Grande, em Miguelópolis.

Os crimes de fraude processual, falsidade ideológica e favorecimento pessoal ficaram configurados pela manipulação de mensagens no celular da vítima para atrasar a comunicação do desaparecimento, adulteração do local do crime com pintura e limpeza para eliminar vestígios; pelo uso de celulares descartáveis para dificultar investigações, e pela ajuda prestada pela esposa de um dos assassinos na fuga e no encobrimento do homicídio.

Radunz Junior busca a condenação dos denunciados, o perdimento do veículo usado no crime e a fixação de indenização de R$ 500 mil em favor da esposa e filha da vítima.