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Em meio a críticas, Câmara de Orlândia aprova reajuste de 5% para servidores: “É pouco”

A Câmara Municipal aprovou, por 10 votos favoráveis e uma ausência (vereador Max Define), o Projeto de Lei n° 4 do Executivo, que trata da revisão e reajuste de 5% na remuneração dos servidores públicos municipais, incluindo ativos, inativos e pensionistas. Além disso, o projeto também prevê um aumento de 52% nos valores das gratificações de Transporte e Alimentação. Com a aprovação, o piso salarial da prefeitura passa a ser de R$ 1.889,00.

Durante a votação, os vereadores manifestaram opiniões sobre o percentual do reajuste e a necessidade de valorização dos servidores, especialmente os aposentados.

 

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Dr. Leite (Pode) começou dizendo que o seu apoio aos servidores foi quando votou contra a criação dos cargos comissionados. “O total previsto era de 149, mas, por meio de emenda, acabaram criando 151. Ainda aguardo respostas sobre esse aumento. Meu apoio foi dado naquele momento porque esse projeto aumentava as despesas” – salientou o vereador. “Agora, reafirmo meu compromisso com os servidores. O reajuste foi apenas uma correção, e a questão que fica é: como podemos ajudar ainda mais? É preciso mobilização. Em qualquer área, entidade ou organização social, a mobilização é essencial para conquistar resultados. Era para a Câmara estar cheia hoje, mas a maioria dos servidores estão trabalhando. Quero motivá-los! Na próxima, mobilizem-se e contem comigo.”

O vereador Ratinho (MDB) destacou que o reajuste foi abaixo do esperado e cobrou um aumento real nos próximos anos. “Esse aumento não reflete a realidade dos servidores, principalmente dos aposentados. Minha luta começa hoje”, afirmou, exibindo um cartaz em defesa da categoria.

Vereador Ratinho (MDB)

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Clodoaldo (PL) também criticou o percentual concedido. “Cinco por cento é muito pouco, principalmente para os funcionários inativos, que precisam pagar aluguel e medicamentos. Espero que no próximo ano seja garantido um aumento real”, argumentou.

O vereador Vitim (PSD) ponderou que a decisão foi difícil, mas ressaltou que o reajuste seguiu os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. “Temos que respeitar a legislação. Não podemos ser irresponsáveis e ultrapassar esse limite, sob risco de infringir a lei”, explicou. Ele ainda sugeriu que o prefeito regulamente gratificações previstas no estatuto, permitindo um acréscimo nos vencimentos dos servidores.

Rafael Palma (PSD) reforçou que a gestão anterior foi responsável pela elaboração do orçamento atual, o que limitou a capacidade do prefeito Gabriel Thor de conceder um aumento maior. “Precisamos garantir que no próximo ano haja um reajuste melhor, porque o servidor é o coração da cidade”, enfatizou.

Já o vereador Porkin (Republicanos) declarou voto favorável, mas frisou que o percentual concedido não é suficiente. “Peço que analisem o vale-alimentação, pois é um benefício essencial para os servidores”, sugeriu.

O vereador Nego da Maruca (MDB) adotou um tom crítico, afirmando que o reajuste de 5% não cobre sequer o custo de uma caixa de leite. “O prefeito precisa chamar todos os vereadores para o diálogo. Não podemos permitir que decisões importantes sejam tomadas sem ampla discussão”, cobrou.

Dra Juliane (PL) expressou sua insatisfação, mas votou favoravelmente ao projeto. “Compartilho da revolta, mas espero que a parte financeira da prefeitura seja resolvida para que no próximo ano o reajuste seja maior”, declarou.

Por fim, Gilsão (PSD) reconheceu as dificuldades enfrentadas para aprovar um reajuste maior neste momento, mas reforçou que a inclusão dos aposentados e inativos no próximo aumento deve ser uma prioridade.

PREFEITO GABRIEL THOR

O Jornal Novacidade procurou o prefeito Gabriel Thor e explicou que o reajuste concedido foi o possível dentro dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. “O valor previsto de reajuste é de 5% sobre os vencimentos e de 52% sobre os auxílios (transporte e alimentação), passando dos atuais R$ 860,28 para R$ 1.307,62 por servidor. Foi o que foi possível fazer nesse momento, visto que, nos últimos meses, os gastos com pessoal ultrapassaram o limite prudencial determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Sendo assim, não se trata de falta de dinheiro, pois mesmo com a Prefeitura tendo um valor considerável em seu caixa, é obrigada a manter os gastos com pessoal dentro do patamar exigido pela legislação vigente” – salientou Thor.

 

Por Rangel Dal Picollo Ribeiro / Novacidade.com
Jornalista

 

 

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